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Mostrando postagens de maio, 2018

Evidência número 01 do caso 1011

Primeira Delegacia de Polícia da Boa Vista. Caso: 1011. Evidência N: 01. Policial encarregado : Delegado João Pátimos. Descrição da evidência : Trata-se de um livro (mais especificamente, um diário) de capa dura de couro negro, medidas 10x20 cm. Possui arranhões tanto na capa quanto no verso, indicando prolongado uso sob circunstâncias não-ideais. No interior, a maioria das páginas estão ilegíveis ou arrancadas e algumas possuem desenhos. Com a exceção de uma, todas as páginas legíveis contém material escrito usando uma série de signos e símbolos que constituem uma espécie de código, parcialmente decifrável por meio do método Faustus (checar relatório anexado número 47). O código parece variar em complexidade dependendo da página, e a maior parte do livro ainda não foi decifrada. Obtenção da evidência : O diário foi enviado para a delegacia pelo correio em um envelope selado a cerca de três (3) semanas atrás e inicialmente foi ignorado, tendo sendo visto como ...

Hora de Acordar

Foi inexplicável. Eu simplesmente ''acordei'' e estava no quintal. Eram 17h22min, eu estava em pé, olhando para a porta da minha casa e não entendia nada do que tinha acabado de acontecer. Senti uma dor no meu nariz, e percebi que um líquido saía vagarosamente dele. Coloquei minha mão para ver o que era, era sangue. Nada daquilo fazia sentido, como ainda não faz. Só sei que entrei em casa, e não vi ninguém. Fui em direção a estante, onde procurei meu remédio contra insônia, para saber se não tinha tomado tudo de uma vez, e estava lá, praticamente tudo, só tinha usado apenas um daqueles comprimidos, ontem, lembrei que precisava tomar todos os dias as 3h da manhã. Coloquei de volta no lugar e ouvi um barulho que vinha da cozinha, era a voz da minha filha, falando com minha esposa. Fui até lá, andando vagarosamente entre o corredor que faz a ligação entre a sala e a cozinha. Quando chego na porta, vi um homem beijando Luana, a minha esposa. Naquele pequeno momento de es...

Memórias

     Primeiramente preciso lhe contar que minha esposa sempre foi uma pessoa de bom coração, e por esse motivo que torno a me questionar " por que ela? " Por que coisas ruins acontecem a pessoas boas?      Minha esposa sempre foi uma exímia escritora. Meses atrás, ela chegou em casa radiante; relatou-me ter encontrado uma caneta na rua; parecia extremamente empolgada com tal fato, no qual, para mim, não fazia sentido algum tanto estardalhaço por uma simples caneta. Interpretei simplesmente que minha amada estava tendo um bom dia.      No dia seguinte, ela mal levantou da cama e já estava com a caneta em mãos. Começou a escrever freneticamente; contou-me que estava inspirada. Passou o dia escrevendo, e assim foram as primeiras semanas, as quais eu a via parando apenas para comer, ir ao banheiro e dormir. Certo dia, pedi para ler parte daquilo que meu amor estava escrevendo, e, ao me aproximar do papel, ela puxou para longe de mim. M...